quarta-feira, 30 de abril de 2008

QUATRO ANOS NO POSTO E RESERVA


O governo do estado aprovou na Assembléia Legislativa o projeto de lei que “oxigena” o posto mais alto da Polícia Militar. Os coronéis, a partir de agora, ficam no posto por quatro anos. O projeto 1313/2008, do Palácio Guanabara preserva, no entanto, coronéis nos cargos de comandante-geral, chefe do Estado-Maior, corregedor, comandante dos 1º, 2º, 3º e 4º CPAs, chefe de gabinete do Comando Geral, bem como qualquer oficial superior que esteja em cargo no Gabinete Civil do Palácio. "Meu objetivo era defender os praças, diminuir o interstício, o intervalo entre promoções. O sujeito fica 10, 12 anos como sargento, não dá", disse Wagner Montes. Três coronéis já vão na primeira leva: o coronel Hildebrando Esteves - sairá em agosto, o coronel Paulo Ricardo Paúl que tanto prejudicou os praças com seus jugamentos errados quando era corregedor, deve reformar no ano que vem e o coronel Francisco Vivas em 2010.
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Deputados ligados à área de Segurança Pública:
Coronel Jairo (PSC), Wagner Montes (PDT), Marcelo Freixo (PSol), Flavio Bolsonaro (PP) e Paulo Ramos (PDT).
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Particularmente eu acho ótimo, isso poderia cair para 25 anos de serviço ativo e ser estendido para os praças também, assim poderíamos ir para casa com alguma lucidez e ainda servindo para alguma coisa. Muitos se pudessem sair com o salário integral de sua graduação sairiam agora como cabos mesmo, eu seria um, mais infelizmente ainda tenho mais 15 anos de serviço, se não morrer, ficar alejado ou for excluído por um covarde desses. Não há incentivo para que o policial militar (praça) fique na corporação, nossa maior felicidade é quando chega o final do serviço, quando tiramos férias ou somos dispensados (caso raro) e podemos ficar o mais distantes possível do BTL. Esse não é um pensamento só meu, é um pensamento de mais de 80% dos que não são oficiais!
Extraido do blog PRAÇAS DA PMERJ

terça-feira, 22 de abril de 2008

RDPMERJ



O regime disciplinar da PM "Por Emir Larangeira, coronel da PM"
Eivado de contradições, antiquado, cópia de diplomas legais destinados ao Exército Brasileiro (EB) em épocas remotíssimas ou adaptações malfeitas desses mesmos diplomas, a legislação disciplinar da PMERJ abate sobre a tropa em tal intensidade de imediatismo e injustiça que não seria demais afirmar que chega às raias da violência contra subordinados. Trata-se, com efeito, de modelo centrado em torno de coisas e não de pessoas, ou melhor, modela-as, as pessoas, como se fossem coisas. A começar pelo Estatuto, que se assemelha ao do EB em tempo de II Grande Guerra. Mas, enquanto o da força federal se aprimorou com o passar dos anos, a polícia mantém-se fiel ao modelo feito para evitar que convocados para a guerra se escusassem de suas responsabilidades inventando doenças, por exemplo. Na verdade, a legislação da polícia é igual à do EB até nos pontos e vírgulas, “cópia xérox” da outra, que, como dito, adapta-se aos novos tempos, enquanto a polícia permanece no mesmo porto de embarque dos tempos da guerra. Inclui-se também no exemplo de legislação anacrônica o Regulamento Disciplinar (RDPM), que, para variar, em nada difere daquele modelo antigo destinado ao EB. Acresce-se a esse modo preguiçoso os textos referentes aos Conselhos de Disciplina (CD), de Justificação (CJ) e de Revisão Disciplinar (CRD), demais do Conselho Escolar Disciplinar (CED), este último destinado a avaliar cadetes, porém todos aberrantemente inconstitucionais. De forma draconiana, a legislação disciplinar da PMERJ se volta contra a tropa como se fora a borduna do bugre. Cobra deveres exagerados e pune com rigor excessivo em regime onde prevalece a desconfiança de cima para baixo. Em contrapartida, há a insatisfação e a revolta de baixo para cima. Pior que tudo isso: a Justiça costuma privilegiar as péssimas soluções disciplinares, ressalvadas algumas importantes decisões que, aos poucos, estão predominando em favor dos prejudicados. Porém, ainda não se formulou uma jurisprudência segura e extensiva aos injustiçados em geral. Mais fácil seria a PMERJ mudar o modelo, porém não parece que isto incomode nenhum dirigente, nem de ontem e nem de hoje.A impressão que fica é a do desleixo, ou pior, da incompetência daqueles que deveriam primar por um melhor futuro institucional. Contrário disso, porém, o modelo enraíza-se no que Erich Fromm designa em seu livro (Ter ou Ser?) como “modo ter” (“sou mais, na medida em que tenho mais”), com predomínio do egoísmo, da indiferença pelos valores pessoais em vez do respeito à dignidade da pessoa humana. A questão crucial é que o egoísmo, como igualmente ensina o importante estudioso, “refere-se não só ao nosso comportamento, mas também ao nosso caráter”. Maior exemplo do caráter dos dirigentes milicianos, em sua maioria, resume-se numa frase muito ouvida internamente: “Tenho a tropa na mão!” Isto, em resumo, o supracitado autor designa como “autoridade irracional”, típica autoridade hierárquica baseada no “ter”. E, neste caso, o desfecho seriam as “relações sociais autoritárias”, que se reduzem à idéia seguinte: “a autoridade hierárquica está estreitamente relacionada com a marginalização e o enfraquecimento dos que não têm autoridade.” Enfim, vê-se a ênfase no “modo ter”, em detrimento do “modo ser”, embora o primeiro esteja sempre dissimulado no “parecer”, na “persona” embotando o “ter” por meio da falsa projeção do “ser”. Neste ponto, deve-se esclarecer que Erich Fromm generaliza a dimensão de seu estudo justificando-o como situação inerente a toda a humanidade, o que explica o modelo PMERJ não como aberração única, mas apenas um vagão acoplado à locomotiva do “modo ter”. Só que, na prática, as atividades milicianas deixam de ser produtivas e geradoras de motivação, dando lugar ao pessimismo e à desesperança. Por isso é comum verificar que o maior prazer do PM é a folga longe dos olhos desconfiados e punitivos dos superiores. Mas esse prazer não faz bem à saúde psíquica e física da pessoa humana representada pelo PM, mormente o de menor graduação ou patente. Na verdade, o “caráter” voltado para o “modo ter”, por ser generalizado e cruel, provoca situações ambíguas e até estapafúrdias nas relações internas: o PM que sofre pressões de cima transfere-as para baixo até alcançar o soldado, este que, por sua vez, desconta tudo no transeunte destinatário dos seus serviços. E espera “ter” o máximo que possa conseguir para logo arribar de tão odiosa profissão. Com efeito, é este homem que vai às ruas para proteger o cidadão. Como?Ora bem, talvez valha a pena discutir seriamente a questão da legislação disciplinar alterando o seu foco, que adrede rotula o ser humano como fundamentalmente mau, para outro, mais salutar, que situa o homem como basicamente bom, capaz de executar atividades produtivas e ser feliz. O inverso, porém, é o que prevalece: a execução sistemática de tarefas restritas ao “cumprimento do dever” e à fuga das ameaçadoras punições por motivos comezinhos. E, ao final das tarefas, surge invariavelmente a tristeza. É assim a disciplina na PMERJ: a imposição pelo temor da punição, em vez de um sistema de motivação que dignifique o ser humano e por aí o alcance em sua condição secundária de servidor público policial-militar. Cá pra nós, não é difícil mudar, basta coragem e crença na qualidade a ser aprimorada, e não na quantidade a ser facilmente descartada.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

VETADO OPROJETO DE HORA EXTRA PARA PM

Cabral veta projeto de lei sobre jornada fixa para pm e bombeiro

Governador afirma que proposta caberia a ele. Deputado acredita em divisão de autoria
O governador Sérgio Cabral vetou, ontem, o projeto que garante jornada de trabalho de 40 horas semanais para policiais militares e bombeiros, além do pagamento de horas extras. O veto ainda pode ser derrubado pelos deputados. No Diário Oficial de ontem, Cabral justificou a recusa ao projeto com o argumento de que o assunto não poderia ser proposto na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). "Os servidores contemplados pela iniciativa são regidos pelas leis que aprovaram seus estatutos (>>>) se fosse o caso de se alterar as normas estatutárias e remuneratórias de Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, isto de penderia de iniciativa reservada, de forma privativa, à Chefia do Poder Executivo", explicou o governador no despacho. O Deputado Paulo Ramos (PDT), autor do projeto, afirmou que o governador poderia ter sancionado o projeto e assumido a autoria dos benefícios às duas categorias: - O governador demonstrou que não tem sensibilidade a um assunto de importância para os policiais militares e os bombeiros. Se ele quisesse, poderia ter sancionado e dividido a autoria com os deputados. Ramos disse ainda que tentará convencer os deputados a derrubar o veto, para que Cabral leve o tema à discussão na justiça. Fonte: Jornal Extra. Como podemos ver na matéria, nosso nobre governador está pouco se importando com a situação de penúria em que encontram os PPMM e bombeiros do RJ. Além de não mover um único dedo para minorar os problemas das classes, ainda atrapalha, por pura vaidade (afinal não foi ele o pai da criança). Como já disse inúmeras vezes, é muito cômodo para ele continuar do alto do seu pedestal olhando para baixo e brincando com as nossas vidas! Esse senhor por acaso sabe que Policial e bombeiro também tem família? Será que ele desconfia que temos que morar, nos vestir, instruir, pagar impostos, etc, etc, etc? Quem orientou a esse moço que existe em todo o mundo segurança boa e barata? Com sinceridade acho que está na hora das classes realmente se unirem, esquecerem as picuinhas, e partirem para a batalha real! Passeatas na orla não mexem nem um pouco com os sentimentos do governador e de seus assessores. As reivindicações precisam partir para algo mais efetivo. As praças precisam do apoio e do respaldo de seus superiores para chacoalhar de vez os ombros e os brios desses que pouco se importam conosco. Mais do que nunca é preciso levar à sério o jargão: "Juntos somos fortes", porque, realmente juntos somos fortes, mas temos que estar juntos e fazer a população enxergar que sem polícia e sem bombeiro não há sociedade que sobreviva! Sr. Governador, chega de vaidade, pare de olhar seu próprio umbigo e enxergue que existem seres humanos por baixo das fardas e que por trás desses seres humanos existem ainda outros seres humanos que deles dependem!!!!!!!!!
O B S:Matéria retirada do blog " Esposa de Praça da PM"

quarta-feira, 9 de abril de 2008


O PORQUE DO ATRASO E DA NOSSA FRAQUEZA.


Cabo Patrício - Distrito Federal
Soldado Moisés - Pernambuco
Sargento Soares - Santa Catarina
Sargento Rodrigues - Minas Gerais
Cabo da Vitória - Espírito Santo
Sargento Valter - Espírito Santo

Esses são companheiros deputados estaduais, verdadeiras lideranças, que foram conduzidos ao parlamento pelo voto dos praças das Instituições Militares Estaduais a que pertencem, apoiados pelas associações de classe.


São esses que em respeito a confiança depositada pelos eleitores, diuturnamente lutam pelos interesses dos seus representados, numa prova inequívoca de que estão verdadeiramente fazendo a diferença.


Ao pontuarmos algumas das ações desses parlamentares, veremos que é bem diferente do que vemos aqui no RJ, onde depositamos a nossa confiança, elegendo diversos candidatos, muito dos quais pertencentes às Instituições Militares, com a promessa de luta em defesa dos direitos da categoria. E o que vemos é totalmente o contrário, o conservadorismo imperando, não temos representação no parlamento, sentimo-nos órfãos, totalmente abandonados.

Deputado Cabo Patrício - Eleito pelo Distrito Federal, com o apoio da ASPOL, sempre lutou pela melhoria das condições de vida dos nossos companheiros, o resultado das lutas de um líder decente não poderia ser outro. Fim do Rancho, com a implantação do vale refeição para todos, melhoria salarial, com elevação para aproximadamente, R$ 4.200,00, proporcionando uma decente condição de vida para os nossos irmãos, além de outras conquistas;


Deputado Soldado Moisés - Eleito por Pernambuco, em seu segundo mandato, ex-presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados, de quem recebeu apoio, direciona o seu mandato na busca de conquistas sociais para os nossos companheiros pernambucanos;


Deputado Sargento Soares - Eleito por Santa Catarina, ex-presidente da Associação de Praças, grandiosa liderança, dedica-se incansavelmente a regularizar as promoções dos praças que estão atrasadas, sem deixar de lado as negociações da questão salarial, além de usar também o seu mandato de parlamentar para implantar o novo regulamento disciplinar, o qual como o nosso também é uma peça arcaica;


Deputado Sargento Rodrigues - Eleito por Minas Gerais, em seu terceiro mandato, um dos responsáveis por mudanças significativas em seu Estado, como por exemplo, é um dos idealizadores do Regulamento Disciplinar aplicado aos Militares Estaduais, do qual podemos dizer que é o mais moderno do País;


Deputado Cabo da Vitória - Eleito pelo Espírito Santo, antigo presidente da Associação de Cabos e Soldados, defensor incansável das questões de interesse dos praças;


Deputado Sargento Valter - Eleito pelo Espírito Santo, brilhante como parlamentar, sempre pronto a defender os interesses dos companheiros de sua categoria.

Aqui no RJ, Vivemos nessa penúria, desmotivados, reféns do Estado, maltratados, oprimidos, odiados por tudo e por todos, subjugados por um Regulamento Disciplinar ultrapassado, em total desacordo com os preceitos constitucionais que regem esta Nação.


Por ocasião do processo eleitoral, sempre fomos ludibriados e conduzidos por promessas demagógicas de políticos, pessoas que não contribuíram em nada com a nossa necessidade de mudança, uma vez que nada querem ver mudado. Prendem-se a interesses pessoais, ao conservadorismo do passado, mesmo que isso tenha de custar o sacrifício dos nossos companheiros e o sofrimento da população. Como exemplo podemos citar o retrocesso do Regulamento Disciplinar, moderno e de fácil aplicabilidade, que respeitava o profissional acima de tudo, prendendo-se a falta cometida, e com normas impeditivas para que se pudesse praticar algum tipo de arbitrariedade e de abuso de poder.


Foi revogado, retornando ao cenário o antigo RDPM, uma peça jurássica da época do século passado.


Porém, percebemos que ainda há tempo de mudar. É preciso pensar, mas pensar de verdade, com seriedade, para que no futuro não venhamos a continuar a lamentar as agruras da nossa vida. Precisamos mudar essa situação, alterando a estrutura e modificando o sistema policial brasileiro.


Vamos nos unir em torno de um mesmo ideal. É preciso escolher alguém com representatividade. Elegeremos o nosso representante legítimo, um praça. Para tal, devemos acreditar nas entidades de classe, elas existem para ajudar e poderão organizar esse processo.
Já está mais do comprovado, para que possamos alcançar os nossos ideais, devemos seguir o lema que nos conduzirá à vitória, chega de enganação.


PRAÇA VOTA E SEMPRE VOTARÁ EM PRAÇA

terça-feira, 8 de abril de 2008

no aguardo

Estamos aguardando mais postagens para ver o blog funcionar

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O PASSADO CONTINUA NO PRESENTE


VIVEMOS NUMA SITUAÇÃO DE PENÚRIA, O DESÂNIMO NOS ENVOLVE A CADA DIA.

Com o surgimento de grupos denomindos Barbonos e Quarenta da Evaristo, alguns companheiros, Policiais-Militares, eufóricos e desinformados, passaram a acreditar e aderir ao movimento desses grupos, os quais lutavam em benefício próprio, sem buscarem esclarecimentos ou fazerem uma profunda reflexão do nosso processo histórico.
Quem conhece um pouco da história da escravidão no Brasil, não conseguirá perceber qualquer diferença entre a cultura escravagista adotada naquela época e a desenvolvida na nossa Corporação, ao longo desses anos.
Os escravos agiam exatamente como nós, eram submetidos a toda espècia de tratamento desumano e humilhações, mesmo assim, muitos enalteciam os seus algozes.
ATÉ QUANDO DEVEMOS CONVIVER COM TANTA ESTUPIDEZ?
PRECISAMOS MUDAR URGENTEMENTE ESSA CULTURA.